sábado, 14 de agosto de 2010

Gigantic


Gigantic



Quando assisti a esse filme, não sabia nada além de ter sido estrelado pela atriz Zooey Deschanel (meu grande ídolo). Comprei a ideia por isso, e teria comprado pelo trailer também. É todo animado, envolvente, nos passa uma ideia de um romance divertido, com sacadas sutis e de uma delicadeza admirável. Até mesmo o Paul Dano, que faz nesse filme o papel de Brian (fofocarei sobre o enredo abaixo), no seu jeito Geek Nerd Esquisitão está cativante. Eu, que não assisti ao trailer antes, comecei o filme animado, inclusive pela participação do John Goodman, que ao longo da carreira construiu uma persona tão caricata e impossível de não ser notado. Contudo, o dinamismo do trailer fica meio esvanecido durante o filme. É bem tranquilo, quase calmo demais.

Conta a história de Brian, atuado por Paul Dano (você o viu em Pequena Miss Sunshine), um garoto com um trabalho agradável de vender colchões, que está há algum bom tempo tentando adotar uma criança. Uma criança da China, para ser mais exato.

Vida chata, trabalho monótono, nada de novo acontecendo com frequência, combinação perfeita para planejar a vida inteira. Nessa hora ele conhece a Zooey Deschanel, interpretando Harriet, uma mulher independente, confiante em si, com aquela sedução misteriosa, que atinge em níveis subliminares, e a essencial imprevisibilidade. O filme fica em torno desse universo que acaba de nascer entre os dois.

O elenco é invejável. No filme ela é filha do John Goodman (fiquei feliz sabendo que ele ainda está atuando), e ele de Edward Asner (a voz do Carl Fredricksen, de Up) e Jane Alexander.

Gigantic pecou um pouco na hora de mostrar ao público o que queria. Há várias sequencias onde um mendigo ataca o Brian, sem motivo algum. O que devo esperar em relação a isso? Alguma crítica do diretor? Alguma forma profunda de personificar os conflitos internos do garoto? Isso fica e depois do filme ficamos pensando sobre o assunto. Enquanto não soubermos a verdadeira intenção, sempre irá parecer que falta alguma coisa.

O filme é bom, vale os seis pontos do imdb. O trailer consegue trazer uma espectativa bem grande e ela poderá ofuscar a beleza tênue desse bom filme.

Tomo a liberdade de fazer uma pergunta: Por que o Brian queria tanto adotar uma criança especificamente chinesa? Por que não apenas uma criança, independente da etnia?

Enfim, esse e mais alguns outros são os buracos que, não digo cair, mas fizeram Gigantic tropeçar e depois olhar para os lados envergonhado, torcendo para ninguém ter reparado.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Withnail & I



Withnail & I (1987)

Um daqueles filmes que você se arrepende por não ter conhecido antes. Clássico do cinema inglês, Withnail e "eu" conta a história de dois atores fracassados que se entopem de bebidas e qualquer outro líquido que, cansados da vida medíocre que levam, fazem uma fuga à realidade, rumo ao interior.

Os dois vão para a cabana do tio Monty (Richard Griffiths, de Harry Potter), o que acaba não sendo uma boa ideia.
Com toque leve de humor, esse filme é uma boa pedida.



segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Shaun of the Dead

Shaun (Simon Pegg) é um cara despretencioso com sua vida rotineira, que só percebe seu valor quando sua namorada Liz (Kate Ashfield) o termina com tudo. Por coincidência é o mesmo dia que a cidade é tomada por zumbis.
Mais que uma simples sátira, é uma comédia que homenageia filmes do gênero de horror. É inteligente, possui características próprias, abusa das referências internas, conectando falas e situações que trazem o riso por todo o filme.
Engraçado, bom até para quem nunca se interessou por filmes de terror. Indicado para quem goste de comédia e se sinta ofendido com as comédias sem valor.
Algumas cenas são inesquecíveis. A luta com o dono do bar é uma das mais engraçadas que eu já pude ver. Os cortes entre cenas da tv, os comentários soltos, são todos detalhes que aumentam a experiência do filme.

Conheci Simon Pegg por esse filme. O vi novamente em algumas outras comédias gostosas, mas nada foi mais divertido quanto Shaun of the Dead.
Os atores não são tão conhecidos. Com exceção do Bill Nighy é normal ver apenas rostos novos.
Foi o primeiro da trilogia não relacionada entre ele e o diretor, Edgar Wright. O segundo filme chama-se Hot Fuzz e você percebe as semelhanças logo de cara. Principalmente por conter praticamente o mesmo elenco. O terceiro está para sair.
Talvez nem todo mundo se mate de tanto rir como fiz, mas é diversão garantida, mesmo sem precisar ser um filme de sessão da tarde.
E não se preocupe se se sujar de vermelho.

Algumas observações interessantes:

  • Simon Pegg fez um filme com David Schwimmer (o Ross, da série Friends) chamado Big Nothing. Essa parceria rendeu, no ano seguinte, um filme escrito por Simon e dirigido pelo David.
  • O diretor de Shaun of the Dead dirigiu outra comédia chamada Hot Fuzz. O melhor amigo de Shaun é, nesse outro filme, o parceiro do personagem de Simon.
  • No filme não é aconselhado usar a palavra zumbi para citar os infectados, nem "balas" para se referir à munição da arma. É uma homenagem aos filmes antigos de zumbis que raramente usavam essas palavras.